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Tropicaos

by Molodoys

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1.
Hora do Chá 03:38
Quatro cubos com sabor de sonho São jogados em uma porcelana Respingando sons que se dissolvem E os vigias do alckmista somem... Quantas repetições fazem uma verdade? Vão ser quantas o seu dia for necessitar... Pois neste jardim de flores, odores e angústias é onde ocorre a Festa do urubú-rei! Hey! Hey! Urubu-rei! Por favor queira me passar o açúcar Sem contra-indicações de quem corre pra Lua... Comporte-se bem à mesa pra que ninguém veja Que o caos e a lama geram chá de jasmim Pois quando você for embora, Sra. Caipora, Ninguém vai querer limpar isso aqui... Quantas repetições fazem uma verdade? Vão ser quantas o seu medo for requisitar... Mas sempre que o cuco cantar Você pode e deve acrescentar Quatro cubos de açúcar no chapéu de chá! Seu chapéu de chá!
2.
Ouvi dizer que pra se viver tem que haver a luz do Sol Mas também há vida nesse abismo Tão genuína quanto la em cima e talvez mais Lugar onde a luz não vem Mas é criada neste além E para muitos daqui ela simplesmente não convém Calor, pra quem? Amor, pra que? Eu posso sentir, eu nem preciso ver Pressão demais me faz viver Viver em paz. Sem ninguém pra me abater Ouvi falar que eles vão chegar iluminando o nosso naufrágio Pra então nos enlatar E enfim nos exaltar Por este nosso corpo adaptável É a mente sã que está por vir Envolta em lã e pele de faquir Aruanã tentou fugir Adoniran calou-se ao descobrir... Ó mar salgado pelas lágrimas de linguado Calou-se com o abafado tiro de arpão Eu não quero luz, não Só a escuridão manterá os meus pés no chão Lá se vai o entra-e-sai marchando para o fim do cais E tudo que eu deixei pra trás Foi porque eu ouvi... A voz do mar é como um grito Bate seco ao pé do ouvido: "A vida é imensa, entendam isso! Mas se vai sem dar nenhum aviso..." Ó mar salgado pelas lágrimas de linguado Calou-se com o abafado tiro de arpão Eu não quero luz, não Só a escuridão manterá os meus pés no chão Então deixa ela vir...
3.
Boitatá 03:09
Boitata (112x) Lá se vai a Boitatá Ela só quer achar Sua amada que há muito se foi Ela procura e chama à beça Por sua linda floresta Mas está sumiu em meio ao aço em nome da pedra A Boitatá vai procurando sem achar Por isso há chama em seu olhar Por isso há chama em seu olhar Por isso ela chama em seu olhar Por isso ela chama em seu olhar Por isso a chama em seu olhar Por isso a chama em seu olhar Por isso há chamas em seu olhar Por isso há chamas em seu olhar Por isso ela chama até sua chama se apagar (Boitatá 3x)
4.
Ácido 02:55
Sob essa noite calada, vem na contra-mão Sob essa viga que esmaga seu peito no chão Torna-se ácido e seco o vento que sopra Ácido suor de quem vai dormir sem colchão Ácido é aquele que cala mas não quer falar Ácida é a água que alaga e volta a faltar Ácido é o sangue que vaza do telejornal Ácida essa eutanásia que a vida nos da... E sem perceber... Tudo vai... Virar Ácido é o solo que é casa e não quer abrigar O olho cegado por ácido pode enxergar Sangue que vai e que vem, que vem e que jorra Ácido é o perigo de contrariar Ácida é a mente que segue vazia a vagar À cidade que não quer saber de cantar E quem sabe até um dia eles percebam o que se passa da ponte pra cá... Pois sem perceber... Tudo vai... Virar Ácido é o olho no olho que vai sendo mais violento que um soco na boca. E quem somos nós pra tentar questionar essa vã consciência que tentam nos empurrar E sem perceber... Tudo vai... Virar Ácido.
5.
"Esta mensagem... Vem de longe... De terras que já não podem mais ser vistas Se você está ouvindo é porque há muito eu já não sou quem eu era E nada mais é como um dia já foi... Por aqui. Envio esta mensagem em meu último suspiro Em minha casa há suprimentos, Mas o ar, já não respiro Envio esta mensagem como forma de aviso Pois meu mundo está deserto... Mas um dia já foi vivo O horizonte vai Muito além do que se vê Entre os ares que enlouquecem Vejo sonhos arruinados Nosso mar e toda vida aqui, tudo o que restou... Pôs-se a se engolir! A ganância fez... Meu mundo acabar! Meu povo sumir! Fez tudo ruir! Além dos portais Ouço vozes que me chamam... Eu vou..."
6.
Tropicaos 01:51
7.
A lasca que cai do enquadro de cada corrente Corta seu próprio cordão E há rachadura no casco do velho barco Que voa através do som Se desfaça da cabeça aos pés Em cada bosque, em cada poste Ou onde estiver Ouça a voz do velho no cais Em uma eterna busca apor sua vênus em paz: "Içar as velas! levantar âncora! Eu não vou me afundar Vasculhando toda essa galáxia até Andrômeda Vênus, vou me encontrar..." Ali se vai Seu casco embolorado segue os sinais No tempo e no espaço Sua corrente se desfaz... Sua jornada seguia pelos mares polares de Titã... "Eu vejo um mar no qual já naveguei Me despedacei... Valha-me a noite, onde vou chegar? Eu já cheguei, agora eu sei... Vou pular..." E ela se vai Sua nuvem mais densa agora se desfaz E o velho barco em sua mente não há mais Em outros portos ela encontrou a paz.
8.
Ah... Eu vou... Eu vou já voar... Nasci... Aqui... Mas vou... Eu vou... Já vou... Voar... Pra não voltar... Ah... Eu vou voar Pra não ficar aqui Pois vi que não vou poder cantar... Essa grade me impede de ser o... ...Uirapurú... Tomou seu rumo e foi... Cantar Acima de mim jaz o céu Eu não posso ir pra lá Como a cigarra foi A Formiga vai me desmembrar... [Formiga] "Acorda meu amigo! Me diz Pra que essas penas tão reluzentes em você? Você nem precisa disso! Venha cá, venha Eu vou lhe mostrar o que é preciso..." Mas eu quero voar...
9.
Quebra-Arcos 07:36
10.
Tempo, não temos mais de sobra Sonho, difícil de se ter Dentro de onde acontece a história Vejo o "de novo" acontecer E pra lá... Soa o coral cegado Por suas pedras... Mas, Lira sem corda, Não deixam você vibrar Lira sem corda só quer soar! Cedo te levam pela porta Sonhar com o que não vai se ver Logo eles cortam suas cordas E escondem pra ninguém mais saber E pra cá... Ecoam os sonhos presos na anti-matéria Ah... Lira sem corda Não deixam você vibrar Veja só o vento que foi e o que vem logo vai se vazar Lira sem corda Não deixe de não se calar Lira sem corda só quer soar! Ah... São os medos que nos fazem Ver e não ter o que fazer... Ah...São os medos que nos fazem... Não ter o que fazer...
11.
Nasce um novo céu... Ontem Nasce um novo céu, lá se vai... Alguém Essa vida não vai muito além Como o fruto que brota, sequei Será que eu sou alguém? Eu sei que eu sou alguém Alguém, mas quem? Não sou ninguém Surge um novo Sol... Em mim Surge um novo Sol que não faz questão nenhuma de coexistir E com a peneira fez-se a sombra que seca a sanidade em mim E com a espingarda fez-se a chama que esgana todo esse capim Sua canga não me prende a ninguém Como a noite que surge, calei Será que eu ou alguém? Eu sei que eu sou alguém Alguém, mas quem? Não sou ninguém O sangue e o Sol eu cruzei Vaguei no trilho do trem Alguém... Alguém... Eu nada fui send alguém Eu nada fui nem serei.
12.
The night will hide the sun Far away from our sky And then the earth will run Out of control to somewhere far "Oh the day! Where's the day?!" People scream and pray But the only force that they'll see is the gravity of their graves It's the gravity of their graves It's the gravity of their graves The sun is going to shine Is the newest popular lie We're all going to the edge of the time Have you ever heard 'bout the thunder waterfal? It was made of the sigh of a devil while he slept on the ground And one day he's going to shout From the top of the world the mountains will start to fall And then it will burry us all The sun ain't gonna shine The blazing redemption shall never come by Here on the road to the edge of the time The night will hide the sun far away from our sky And then the Earth will run out of control to somewhere far Have you ever hear 'bout the shadows on the wall? It was made of the flesh of an angel When it fell on the ground When it fell on the ground The good times could come back one day And in the edge of the space we could be saved The darkness would die The sadness would cry And all of our children would smile again But the night will hide the sun far away from our sky And then the Earth will run out of control to somewhere far Have you ever hear 'bout the shadows on the wall? It was made of the flesh of an angel When it fell on the ground When it fell.... On the ground...

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Tropicaos

Mistura quântica. Do ácido-terroso.
Resultado volátil da fusão instável entre a improbabilidade do caos e a liberdade musical, exposto à mais alta temperatura da brasa dos trópicos distópicos. Tropi-caos. Sobre os males e mares do mundo moderno, sobre a vida e o universo, sobre a morte e a consciência, sobre este solo.

credits

released September 1, 2016

Produzido por Molodoys
Co-produção e mixagem por Gustavo Coutinho | Abra Sounds
Masterizado por Humberto ‘RMNY‘ Fernandes
Arte da capa por Camilla Merlot.

Gravação:
- Family Mob Studios – Converse Rubber Tracks - [faixas 4, 7, 9 e 12]
- Gerência [faixas: 1, 2, 5 (bateria), 8 (bateria) e 11]
- Abra Sounds [faixas 3, 6 e 8]
- Zastras Áudio [faixa 10].

Participações Espaciais:
- Eduardo Kolody (Orquestra Abstrata): Faixa 1 - Guitarra II
- Marcel Willow (Nuvem Leopardo): Faixa 5 - Guitarras e Modulações
- RMNY (Magnolia & RMNY, Modulamini): Faixa 6 - Funk beat
- Edgar Pererê (Edgar e Mataviva; Arara Saudita): Faixa 8 - Voz
- Tomás Oliveira (Mustache & Os Apaches; Sexy Grove; Blackalbino): Faixa 8 - Taças de cristal.

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Molodoys São Paulo, Brazil

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