We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

As Fronteiras da Raz​ã​o

by Molodoys

supported by
/
1.
Então Lá pelo fim das horas A luz se apaga A corrente afaga A memória saca E a cabeça de quem sonha Com a aranha de doze patas Tecendo teias virtuais Tramando a caça Se vê calada Em meio a solidão...
2.
Para encontrar onde vou Fui sem saber o que sou Pra qualquer lado seguindo A manada Para sonhar o que vem Fui até onde não tem Nada pra ver ou sentir Não vi nada Lá era tudo tão devagar Não que o mundo já não fosse meio assim, todo no freio Mas fui demais e não me ouvi Cheguei no nó E então era apenas prosseguir ou ficar no meio Ah, mas o som vai clarear O que a nuvem turva traz todos os dias de anseio E antes do Sol se explodir Me deixe só Me deixe só para seguir sem pisar no freio Me deixe só para seguir sem pisar no freio Mas quem me viu quem me vê Ahh Ahh Me vê nadando em porquê Ahh Ahh Ahhh Pra me encontrar sem querer eu fui me perdendo Mas como isso se veio? Sei que avisaram no meio, Acho que sonhei demais Num corpo que desfaz E o compasso do choro quer mais Que hoje eu me foda no cais Acho que sonhei demais Sonhei demais e me perdi em pesadelo Ah, eu não posso me pendurar Nos meus muros, pra logo ver, quais cores que ainda tenho Sei que atravessa um corte em mim Encorpado e seco, mas sei comer meu fim, Vomito o começo e arremato o meio Ah, esse som vai clarear O que a nuvem turva traz todos os dias de anseio E antes do Sol se explodir Me deixe só Me deixe só para seguir sem pisar no freio Me deixe só para seguir sem pisar no freio Me deixe só para seguir sem pisar no freio Só pra seguir sem pisar no freio Só pra seguir sem pisar no freio Só seguir sem freio Só para seguir sem pisar no freio Ahhh Para encontrar-me sem querer Para encontrar-me sem querer Para encontrar-me sem querer.
3.
O fim do caminho É toda a viagem Passando por cima De peste e barragem Cruzando o silêncio Virando a miragem Seguindo no gesto É só continuar Pelos espetos do chão Pelos espectros na margem da intuição Sobre os aspectos da programação Onde o falso ressoa E a cabeça se perde atoa Onde todo silêncio ecoa Onde um anjo-cachorro checou a masmorra E em sua entrada dizia “não corra” Mas quem sabe as vezes correr não traz mais Que uma caminhada travada pra trás É a língua no cancro É a fruta na feira Uma expectativa que as vezes não chega Um tentativa de sorte na mesa Uma experiência contradiz a certeza Um expectorante pro peito vazio Um lago de seda sedado, um bugio Que grita a quilômetros para dizer Siga logo adiante pra então perceber Que o fim do caminho não é pra se ver Mas segue a todo momento ao seu lado, em você E quanto mais seguir ao final Chegando na sombra do samba fatal Siga seguindo a sentença a seguir E se perca no caos Pois as vezes é bom se perder Mas cuidado Só não vá se esquecer de você.
4.
Um Breu 04:00
Mente solta Vista farta Tudo vai passar Muito Veja Nada escapa Deve devorar Logo depois Que o sentido se for Muitos outros virão Apontar pra onde Segue a direção Das verdades soltas na escuridão A luz que brilha Em tela fria É artificial, Curta, siga e compartilhe Além do bem e do mal Logo depois Que o desejo se for Muitos outros virão Apontar pra onde Segue a direção Das vontades soltas na escuridão Morte pronta, Porta aberta Pro veneno entrar Ao quadrado A hora aperta Vai nos alcançar Logo depois Que o medo se for Muitos outros virão Apontar pra onde Segue a direção Das coragens soltas na escuridão Venha ser o que você é Nada demais vai nos acontecer Hoje a multidão Grava o Sol nascer, e a verdade é solta.
5.
Brasa 04:44
Na noite de ontem Eu assistia Ao mesmo jornal De amanhã E na noite de amanhã Eu me entregarei A propaganda De quase todo dia E haja o que houver Não devo dizer Não me atrevo a pensar Apenas posso me entreter Mas tudo vai passando Tempo vai mudando Pouco a pouco tudo vai embora E cegueira lá de fora Também há de se curar Pois saiba que hoje Hoje é dia Da Brasa acordar O fogo da ferida Então nem mais um dia Eu assistirei Ao mesmo jornal Que sempre me engolia E àqueles que pensam estar Longe das mazelas Ao som das panelas Logo vão nos encontrar E àqueles Todas suas peças Todas bem cobertas Ouçam o que eu vou falar De hoje em diante Não esqueça Que essas sua cabeça Pode muito bem rolar E rolar E rolar E rolar E rolar Por aí... Vai, tudo vai passando Tempo vai mudando Pouco a pouco tudo vai embora E cegueira lá de fora Também há de se curar Vai curar, vai curar! Na noite de ontem Eu não assistia mais Ao mesmo jornal De amanhã Na noite de hoje Farei acontecer Mudança de tal Que há muito só ouvia E nos dias de amanhã Poderei dizer O que é e o que foi E o que é que vai acontecer.
6.
Anhanguera 03:41
Haste respinga no pé Banhada de sangue, vermelha a Bandeira já é Só que não falam mais o que houve E a cabeça, curo onde? Sanidade dopada, jogada pra longe Anhanguera não quer parar... Por este caminho Queima rio queima cachaça Queima cabeça que é fraca Pois sentiu pena de pedra Apontando o fio da faca pro tendão Descalço, só calçando o descaso deste chão a secar Por essa vala mecânica Ainda impera a lama de Anhanguera, Diabo velho que veio saquear essa terra. Anhanguera, Pintado de anjo, diabo da terra do caos Onde é que vai dar? E até quando vai? Mais parece estrada sem fim... Serra dos martírios, terra desacato, Vale da lama parada E dentro das águas rubras da Alvorada onde o Pato nada A poeira vai, a poeira vai, a poeira veja só Mais parece Bandeira… Banhada de sangue, vermelha Mais um dia, mais um pensamento Comendo a ficha que cai Se espalhando no cimento com lamento endurecido Onde ainda não dá pra ver E até lá Esse se caminho se seguirá pela vala e a lama de Anhanguera, Diabo velho que veio saquear essa terra Anhanguera, Pintado de anjo, diabo da terra do caos Pintado de anjo o diabo, Anhanguera Pintado de anjo o diabo velho, Anhanguera.
7.
Na Chuva 04:22
Chuva, não cai não Hoje é em vão Chuva não cai não No solo de quem apaga a solução para a solidão No colo de quem afaga o próprio não Chuva não cai não Na pata de quem ataca são No pato que mata o pão Na massa que se disfarça na alvorada, e na cerração vem se mostrar... Chuva não cai não Hoje é em vão Chuva, se não cair Tentaremos prosseguir Em caso de piripaque Rasgue a folha do manual Em caso de xeque-mate Mate o reino empresarial Queimaram do almanaque Toda sede de amor Maquiaram tudo com teias emaranhadas e sem calor Mas vou cantar Posto que a vida segue sem parar Então pra que chorar e não se lambuzar No suor de quem te ama No fim de tarde toda semana Na companhia ao som do vento Pensando em nada, pairando no tempo E quem sabe a chuva venha nos molhar Mas chuva não cai não Que hoje é em vão Mas se cair Molhe o coração Daquele que não quer ver o sol Daquele só se sente só Daquele que vaga por aí Buscando se descobrir E cada calamidade leve então Eu vou cantar Posto que a vida segue, e segue sem parar Então pra que chorar e não se lambuzar Que cada chuva faça lembrar Do suor de quem nos ama Do fim de tarde toda semana Da companhia ao som do vento Pensando em nada, pirando no tempo E quem sabe a chuva venha nos molhar Pois se sabe, um dia tudo vai passar E no final, quem só engana Lembrará do que mais ama A doce vida foi com o vento Sem dar sinal, se faz o leito Toda ferida e tristeza, Toda alegria, todo momento Quem a cada esquina causou lamento Não vai ter chuva a molhar o peito Pois a chuva vai vir só para nos molhar E inundar...
8.
Lucidez 04:40
Sob o solo, amor tecido Sinto a sinestese me cobrindo Ela é serena e tortuosa Me levando para longe... Lucidez, a mente presa em aridez A mente presa em aridez Hoje o céu desceu pra me tocar Nem sei se onde estou está aqui Nem lá...grimas... Inundando Um nó desfaz em mim Acontece assim... Ah, o sol está chegando enfim Lucidez, a mente presa em aridez A mente presa em aridez O planeta gira lentamente E eu vejo abertamente A manhã que nasce em mim O fim é o começo e o fim Flores brotam neste assoalho E os corpos se levantam Salpicados de orvalho da manhã Amanhã não interessa mais Vejo como a realidade se desfaz Violentamente ela se vai... Se esvai... Lucidez, a mente presa em aridez A mente presa em aridez
9.
A Corda 06:07
Apago a luz e o fim do veneno Afaga o fogo em óleo, eu vejo A corda chama um sonho desfeito Vem me pegar, e então fui pego Não há mais nada que nos faça sentir Filhos caem, a chuva seca A rua grita e se vê quieta Alguém morreu com a porta aberta Ao seu nariz o cheiro entrega Que ninguém está realmente aí Fabricada a ilusão que humilha e abençoa Forjada em palavras de vidro a redoma Carrega seus olhos perdidos em coma Na face dum Messias que o ódio entoa E agora só nos resta saber quem vai nos perseguir Você se deixa travar o que aqui jaz de enfeite Cabeça se esqueça ainda mais (de si...) Da glote ao solo a queda é curta A haste envolve e a corda puxa A forca cai, mas não se iluda A próxima é ainda mais pura Pois Judas mal começou a nascer Não há entendimento no que se refere ao sentido O prazer, a carne e o flerte ao disco rígido Que põem em prática um falso alívio E convergem em um só tiro Para a nova corda então florescer Ouço na porta a bota arrombar Janelas se abrem pra comemorar Não há mais saída, abortar! Um disparo pra continuar Se não foi tudo em vão... Agora é. E a massa fermenta nessa geladeira Tristeza pra sempre irá durar Pois na boca o nosso pensamento irá (dissolver...) A dita cuja ainda dura e é clara Elimina no escuro os restos podres de bala O choro surge e a sirene cala E o fim do caminho fala E com classe, a trabalhadora afunda na maré Nos servem a síntese sobre a mesa Estragos que trazem agradável tristeza Alarmes disparam, vá e Veja Se encoste e meia clareza A sugestão amolada é cega pela fé Rosários e terços morrem na mão Daquele que ora mas foge do pão Pois nasceu no trono do rei Salomão E vende-se a palavra logo então Pois no vale dos homens Quem assombra, rei é Pense, então pare, Em todos os lugares A Marchinha do Sacrifício não para pra descansar (nossos pés...) Ao fim de tudo o algoz amigo Oferece a mão, o pé e o perigo Em cada face, em cada sorriso Pode-se ver, não há mais mito Isso é tudo feito à nossa “bela” imagem Deixe a estrada, então deixe o veneno Deixe a chantagem das sombras à esmo O espírito humano enfim foi pego Na reconciliação entre sonho e o meio A miragem cabal é a nova realidade Mas minha culpa em ninguém cabe, Fomos todos traídos nessa paisagem E agora nos resta só o fim ou o bem E a escolha?... Bem... Vocês já sabem.
10.
Então A última nota a cintilar Dispersa a cerração E o que se perdeu Se revelará Disforme de atenção Com a ave que anuncia O pouso da ilusão Que banha fria Toda a percepção E o que vem depois A tempestade dissipou E os ecos de calor A tela suja isolou O som da situção Se prende à estradas e canais Que não ecoam mais São virtuais, se apagarão… E como as folhas a secar Este jardim não fala mais Nem sabe onde estará A última porta ou portão Que o escuro engolirá Quem sabe um último lampejo Iluminará As Fronteiras da Razão...

credits

released March 17, 2020

Produced by Molodoys;

Lead vocals, guitar, clarinet and cuíca by Leo Fazio;
Lead vocals, backing vocals and bass by Camilla Araújo;
Backing vocals and Synthetizers by Vítor Marsula;
Backing Vocals and Drums by Jairo Camargo.

Glass harmonica in track 2 by Tomas Oliveira;
Sound effects in track 6 by Humberto 'RMNY' Fernandes.

Mix and Master by Humberto 'RMNY' Fernandes.

license

tags

about

Molodoys São Paulo, Brazil

contact / help

Contact Molodoys

Streaming and
Download help

Report this album or account

Molodoys recommends:

If you like Molodoys, you may also like: